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Estas foram afirmações, respectivamente, de Flávio Calcanhotto e Andressa Tibola da Rocha, no 3º Encontro Regional de Turismo Rural, na Frinape 2022, que ocorreu no Polo de Cultura (Parque da Accie) e reuniu produtoras e agricultores rurais de Erechim e região  

Um evento com muita informação técnica, conhecimento e experiências de vida, transmitidos de maneira muito simples, objetiva, atenciosa. Assim pode ser resumido o 3º Encontro Regional de Turismo Rural realizado na Frinape 2022, no Polo de Cultura (Parque da ACCIE), na manhã desta sexta-feira (18), que reuniu agricultores, secretários municipais, extensionistas da Emater e representantes de 32 municípios da região do Alto Uruguai.

O evento foi promovido pela Prefeitura de Erechim, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo e Emater/ RS Ascar Erechim, e apoio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Segurança Alimentar. Na ocasião foram entregues cerca de 130 comprovantes de presença aos participantes do evento e uma cesta com produtos da agricultura familiar da região para cada palestrante.

Alternativa de renda

Na abertura, o gerente regional da Emater/RS Ascar Erechim, Gilberto Tonello, o Turismo Rural é uma forma viável de valorizar as propriedades e incentivar a diversificação da renda familiar. “O turismo é uma alternativa de renda aos produtores rurais. A serra gaúcha é o que é hoje por causa do turismo”, disse.

Diversidade 

O presidente da ACCIE, Fábio Vendrúsculo, falou sobre questões necessárias e fundamentais para estruturar o turismo, como a valorização e a presença na feira da diversidade de atrações culturais e tecnológicas, expositores, empresas e agricultura e a própria divulgação de empreendimentos turísticos.

“Turismo tem a capacidade de unir as pessoas” 

O prefeito de Erechim, Paulo Polis, disse que a Frinape mostra porque Erechim é a Capital da Amizade já que é uma feira local, mas feita para integrar a região. “A feira foi bem planejada e executada e o público percebeu isso”, disse.

“O turismo trabalha com a autoestima das pessoas e poder viver bons momentos é fundamental para se ter bem-estar e qualidade de vida. A Linha Turismo é o primeiro projeto no Estado, feito pelo município, gratuito e de fomento ao setor. Estamos num momento em que precisamos de pacificação e o turismo tem esta capacidade de unir as pessoas e promover desenvolvimento econômico sustentável. Turismo faz bem e desperta em nós humanidade”, comenta o prefeito.

“Ninguém faz nada sozinho”

O palestrante, Flavio Calcanhotto, fez uma série de reflexões, tendo o turismo como estratégia de desenvolvimento. Uma de suas frases marcantes foi: “ninguém faz nada sozinho”. E, acrescenta, “a arte de saber promover o desenvolvimento consiste em integrar e conectar todos produtos e serviços locais, regionais, num arranjo que beneficie as cadeias produtivas e a sociedade como um todo”.

Ele comenta que alguns valores importantes para desenvolver o turismo são a valorização da vida, ter amor a tudo que se faz, respeito ao próximo, que turismo precisa de união entre o urbano e o rural. “Turismo não pode ficar na mão de poucos tem que ser coletivo. E a construção do turismo rural passa por um processo participativo de corresponsabilidade, um compromisso solidário”, explica.

Importante valorizar o que o município, região, tem de potencial e ter um plano de ação, que organize todas as etapas do processo.

“Respeitar o nosso lugar, a nossa cultura, a nossa história, aquilo que a gente produz, a nossa essência de fato”

A doutora, Vanessa Tibola da Rocha, falou sobre a valorização do homem no campo e da propriedade rural, assim como oportunidades econômicas, espaços e paisagens rurais. Ela também destacou diretrizes importantes, como a valorização do turismo, da presença do homem no campo, diretrizes dos projetos paisagísticos e o quanto isso incentiva a permanência das famílias rurais no campo, como a economia local quanto regional se desenvolve e apresentou alguns projetos de melhoramento da paisagem.

“É muito importante conhecer a propriedade rural, valorizar aquilo que ela já apresenta, e a partir desta valorização poder expandir as vivências e experiências dentro da propriedade rural. Amar aquilo que se tem, conhecer aquilo que se tem enquanto propriedade rural, valorizar isso como potencial para receber turistas e oportunizar boas experiências e vivências. Respeitar o nosso lugar, a nossa cultura, a nossa história, aquilo que a gente produz, a nossa essência de fato”, observa Vanessa.

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