Municípios de Chapecó e Passo Fundo confirmam a presença da Delta
Na manhã dessa quinta-feira (19), o Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da AMAU realizou uma reunião extraordinária para avaliar o cenário pandêmico da R16.
Os membros observaram, de forma criteriosa, os indicadores da região que se mantém satisfatórios, considerando o número de casos ativos e as taxas de ocupação das estruturas hospitalares. Contudo, verificaram que começaram a ocorrer alterações no cenário regional, o que coloca a região em alerta.
No boletim regional do dia 09/08, a região contabilizava 207 casos ativos para o universo monitorado. Agora, são 231. “As alterações são sensíveis, mas estamos diante de um momento que requer muita atenção”, pontua Jackson Arpini, membro do comitê regional.
Analisando os dados dos 34 municípios da R16, alvo de permanente monitoramento, verifica-se, num paralelo de segunda-feira, (16/08), para quarta-feira (18/08), que 17 municípios (50%) tiveram aumento no número de casos ativos, o que preocupa os membros do colegiado.
Durante a reunião, o Comitê observou, ainda, os números de municípios vizinhos e, especialmente, a movimentação da variante Delta, que já está presente nos estados do Sul, sendo que o RS confirmou 52 casos da Delta, enquanto o Oeste Catarinense, com destaque a Chapecó, também noticiou a presença da nova cepa.
Chama a atenção do Comitê regional, aliás, a evolução dos casos ativos em Chapecó, que segundo boletim oficial apresentava, em 08/08, 639 casos ativos e, agora, segundo o boletim de ontem 18/08, passou para 1.129, com um incremento de 480 casos em poucos dias (76% de aumento).
O Comitê da AMAU chama a atenção da comunidade para o momento que a R16 atravessa. “Foram confirmados casos de Delta em Passo Fundo e Chapecó e estamos muito próximos dessas divisas, bem como mantemos um intercâmbio intenso de pessoas pelas transações comerciais, educacionais e pela presença de aeroportos nas localidades”, pontua Arpini, que completa “Precisamos estar atentos a essa situação. Não há espaço para descuido e negligência, caso contrário poderemos ter um retrocesso nos indicadores”.
Segundo relatos oficiais, a nova variante possui grande potencial de contaminação, muito superior as variantes presentes até o momento. Partindo dessa informação, Jackson Arpini sustenta que é necessário ter que todas as medidas são necessárias e imprescindíveis. “Não podemos retroceder”, adverte.
“Precisamos nos valer dos cenários anteriores e das experiências vizinhas, para que possamos agir com antecipação. A movimentação da nova cepa e os indicadores apontam que o momento requer ações redobradas de prevenção. Estamos, ainda, diante do temido e traiçoeiro cononavírus e suas mutações”, finaliza o membro do Comitê.