O Comitê Regional de Atenção ao Coronvírus da AMAU tem monitorado de forma permanente a Região 16, com relação a epidemia do novo coronavírus. Para também implantou uma ferramenta denominada Plataforma Regional de Monitoramento (PRM), que analisa e compara inúmeros indicadores regionais como: casos ativos, recuperados, taxa de recuperação, taxa de letalidade, óbitos, município com e sem casos, evolução da epidemia, taxas de ocupação dos leitos de hospital, entre outros.
Verificamos pelos nossos últimos levantamentos que a epidemia vem se disseminando na R16, atualmente presente em todos os municípios. Também verificamos que houve uma alteração significativa nos últimos dias com relação a disseminação, velocidade e evolução da epidemia.
Casos ativos por Município:
Casos Ativos | 21/10/2020 | % | 30/11/2020 | % |
Estabilizados | 18 | 52,94% | 00 | 0% |
01 a 03 casos | 12 | 35,30% | 02 | 5,88% |
04 a 10 casos | 03 | 8,82% | 14 | 41,18% |
+ 10 casos | 01 | 2,94% | 18 | 52,94% |
Total Municípios | 34 | 100% | 34 | 100% |
Avaliação:
Verificamos nesse hiato de tempo de 40 dias, ou seja, de 21/10 a 30/11, que ocorreram mudanças significativas da evolução da epidemia regional.
Os indicadores apontam um declínio dos municípios com situação de estabilidade, passando de 18 municípios (52,94%) para nenhum (0%). Em contrapartida houve um crescimento expressivo de municípios com mais de 10 casos, aumentando de 01 (2,94%) para 18 (52,94%), o que demonstra, claramente, a propagação da epidemia a nível regional, coloca Jackson Arpini, integrante do comitê regional.
Municípios em estabilidade são aqueles em que o número de casos ativos versus casos recuperados resulta no indicador zero. Atualmente, segundo o boletim do dia 30/11 a R16 possui 8.480 casos confirmados por Covid e 7.479 recuperados, o que dá um total de 926 casos ativos, um dos maiores números registrado desde o início da epidemia em março de 2020.
“Nosso ápice foi de 543 casos em julho/20 e, agora, praticamente dobramos esse indicador, passando para 926 casos, o que apontam um crescimento de 70,53%, coloca Arpini.
Com o surgimento expressivo de novos casos confirmados por Covid, a taxa de recuperação, nesse período em análise, declinou de 97,18% para 88.20%, numa redução de 8,98%.
Óbitos:
Número de óbitos | 21/10/2020 | 30/11/2020 |
61 | 75 |
No período analisado observamos um crescimento no número de óbitos, que passou de 61 para 75, num crescimento de 22,95%. Verificamos que os novos óbitos surgiram em 5 municípios, sendo um (01) em Aratiba, dez (10) em Erechim, um (01) Estação, um (01) Itatiba do Sul, e um (01) em Nonoai.
A taxa de letalidade da R16 está em patamar mais baixo que a do País e do Estado. A nossa taxa está no percentual de 0,88%, do país 2,74%, e do estado 2,1%, o que é um indicador extremamente relevante.
Precisamos estar atentos aos novos indicadores, que nos colocam diante de uma situação preocupante. Estamos pelo Sistema de Distanciamento Controlado em classificação de “alto risco”, com vários indicadores na bandeira preta”, pontua Arpini. “Caso não mudamos nossas práticas poderemos partir para outro cenário, que significa pelo Sistema risco altíssimo.
Arpini coloca que segundo a última avaliação do Estado, a Região 16 recebeu, dos onze (11) indicadores observados, oito (08) bandeiras pretas, uma (01) vermelha, uma (01) laranja e uma (01) amarela. Dos quatro indicadores específicos da R16, fomos classificados todas em bandeira preta, o que significa pela metodologia do Estado como risco altíssimo. “A nossa média ponderada ficou em 2,34, acima da região de Passo Fundo (2,03) e Palmeira das Missões (2,16)”, coloca o integrante do comitê regional.