Um assunto de extrema importância para a agricultura familiar, foi debatido nesta quarta-feira, 30, na Expointer em Esteio. Estavam presentes o presidente da AMAU e prefeito de Barra do Rio Azul, Marcelo Arruda; o vice-presidente da AMAU e prefeito de Itatiba do Sul, Valdemar Cibulski e o prefeito de Mariano Moro, Irineu Fantin.
O encontro foi com integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS. Na pauta a flexibilização da legislação para a circulação de frutas cítricas produzidas pela agricultura familiar.
A demanda apresentada pela AMAU é uma sugestão do Circuito Agroecológico da Agricultura Familiar Orgânica, que tem atuação em mais de 15 Estados do Brasil e que no Alto Uruguai, como coparticipante e fundadora do referido o circuito, a Associação Regional de Cooperação e Agroecologia (ECOTERRA), com sede em Três Arroios: “sugerimos a flexibilização nas atuais instruções as normativas em vigor que regem a circulação e comercialização de frutas cítricas produzidas por agricultores familiares em território federal, a pedido da ECOTERRA que realiza um grande trabalho em nossa região”, salienta Marcelo Arruda.
De acordo com o presidente da AMAU, os pomares de agricultores familiares que não apresentam problemas sanitários, podem possuir cadastros específicos que permitam a circulação e comercialização das frutas cítricas, ficando estes isentos da burocracia existente atualmente: “Mas sem deixar de cumprir o ritual de processamento das frutas, que consiste na lavagem sanitária, bem como, os pomares que apresentam problemas sanitários cumpram a legislação vigente”, pontua o presidente.
O prefeito de Mariano Moro, Irineu Fantin, que tem nos citros, uma importante fonte de renda para agricultores e o município, enaltece o grande trabalho que a ECOTERRA realiza na região: “se busca a certificação dos produtos, de sua sanidade. Temos dificuldades de colocar nossos produtos fora do RS, onde existem várias barreiras. Mas para os produtos de fora do Estado, entram livremente no RS. Buscamos ajustar isso, para buscar facilidades, dentro da lei, para escoar essa produção”, salienta.
A ideia apresentada pela AMAU, sugerida pela ECOTERRA é que os frutos cítricos que saem para industrialização em outros estados, não sejam processados em água sanitária e que as cargas sejam lacradas, quando tem destino único. Tal medida, irá beneficiar vários municípios do Alto Uruguai, como Três Arroios, Severiano de Almeida e Mariano Moro, onde a Associação Regional de Cooperação e Agroecologia (ECOTERRA) tem forte atuação.