Prefeitos e Secretários de Saúde se reuniram na tarde de terça-feira, 29, no espaço Famurs na Expointer, com representantes as Secretaria Estadual de Saúde para discutir o PADU – Pronto Atendimento de Urgência. De acordo com a Secretaria, a proposta do Estado é aumentar o repasse, mas com critérios para estes HPP que recebem este recurso.
Representantes dos Municípios da AMAU estiveram presentes na reunião convocada pelo COSEMS RS e pela Famurs com a presença do diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial (DAHA), Rogério Cele, da Secretaria Estadual de Saúde.
Foi uma reunião com amplo debate. O diretor Rogério fez sua explanação e a posição do Governo do Estado. Em seguida foi aberto espaço para as manifestações dos municípios.
A prefeita de Itatiba do Sul, Adriana Tozzo, falou muito preocupada com a questão do pagamento que o Estado está propondo aos municípios. “Que compromisso nós temos do Governo do Estado, diante do caos dos pagamentos para as Prefeituras, onde só para Itatiba do Sul são 400 mil reais atrasados. Porque que esse recurso vai ser priorizado pra paga essa política de governo. Então tem recurso, porque não está sendo priorizada pra paga os outros recursos que nós temos atrasados”.
O prefeito de Gaurama, Leandro Puton, destacou que é compromisso do Estado e da União e dos Municípios fazer saúde e oferecer saúde.
Para o presidente da AMAU e prefeito de Jacutinga, Beto Bordin, a proposta é a elaboração de um documento que precisa ser encaminhar reunindo os prefeitos e os lideres municipais para definir uma posição em conjunto de todos os municípios para com o assunto, buscando sensibilizar o Governo do Estado através da construção de uma proposta de meio que não seja nem PADU nem HPP, pois se há interesse comum de todos os municípios não pode ser assim.
Ainda, Beto Bordin falou da importância de manter esses pequenos hospitais funcionando com internações superiores a 48 horas que seria a observação por ser uma questão histórica e cultural muitas vezes o familiar quando o paciente está em situação terminal não tem como ir para o município, por vezes a 100 km de distância para acompanhar para dar força ao paciente que esteja necessitando e que estes hospitais sempre atenderam e não vão deixar de atender agora, disse ainda que não admite de forma alguma se pensar em deixar de internar nestes hospitais que só no Alto Uruguai tem 6 hospitais e logo poderá ter mais, então não podemos prosperar. E um fato mais importante ainda, que os hospitais, por exemplo o Santa Teresinha de Erechim e o de Passo Fundo, que hoje atendem a alta complexidade, não tem estrutura para atender as necessidades da região bem como desta situação em especial que são internadas nestes pequenos hospitais.
O diretor do DAHA, Rogério Cele, confirmou que a proposta em debate ainda não é legal, pois não foi aprovada nas instâncias necessárias entre as quais a CIB. Deverá sair um movimento da FAMURS e do COSEMS/RS para ouvir de todos de os municípios qual a opinião sobre o tema.
A defesa por uma alternativa que viabilize os pequenos hospitais foi a proposta mais defendida. Tipo entre o PADU e HPP. No caso que permita internações nestes hospitais num período superior a 48 horas.
E quanto ao aumento de 10 para 25 mil reais, o representante da Secretaria da Saúde falou que sairá dos cofres do governo do estado. Porém não confirma a possibilidade de honrar com as dívidas existentes junto aos municípios. Algo incompreensível.
Com esta definição coletiva pode-se mostrar ao governo o que realmente querem os municípios e assim a Secretaria Estadual da Saúde pode auxiliar revendo as exigências quanto as exigências para liberar o alvará para os hospitais.