A inclusão da Transbrasiliana (BR 153 que liga Erechim à Passo Fundo), no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, motivou uma nova reunião entre a AMAU e o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), na manhã desta quarta-feira, 16, de forma on-line, em busca de informações do andamento do projeto técnico, que está atrasado, e é fundamental para garantir a inclusão dos recursos da Obra no Orçamento da União para o próximo ano.
Participaram da reunião Hiratan Pinheiro da Silva, superintendente regional do DNIT no RS; Chefe dos Serviços do DNIT na região, Adalberto Jurach; Marcelo Arruda, presidente da AMAU e prefeito de Barra do Rio Azul; Paulo Polis, prefeito de Erechim; Maurício Soligo, prefeito de Getúlio Vargas; Marco Antônio Sana, prefeito de Ipiranga do Sul; Valmor Tomelero, prefeito de Erebango; e Edson Luiz Rossatto, prefeito de Sertão.
No dia 28 de fevereiro desse ano, a AMAU realizou uma reunião com o DNIT, sobre a situação do projeto técnico da Transbrasiliana, que iniciou em 2020, com a empresa Rudra Engenharia de Goiânia, da rodovia federal, numa extensão de 68,4 km. O prazo para entrega do contrato era de 660 dias (22 meses), com previsão de término para o final de 2021. Porém, no decorrer do processo, esse tempo foi protelado, pela complexidade da obra, e também inconsistências em partes do projeto entregue, que precisaram ser refeitos, e agora, mais uma vez solicitaram prorrogação, para entregar o material até o fim do ano.
O superintendente regional do DNIT, Hiratan Pinheiro da Silva, informou que o que foi incluído no PAC, foi o projeto da Transbrasiliana e não a obra, e que cabe aos prefeitos da AMAU dialogarem, também com o Estado, sobre a obra de duplicação da ERS 135 (concessão), pois mesmo sendo uma rodovia estadual, pode influenciar na construção da Transbrasiliana, em função dos valores previsto no edital de concessão, para exploração da praça de pedágio. Isso irá diminuir o fluxo de veículos com duas rodovias paralelas: “mas aqui no DNIT, nossa prioridade é a Transbrasiliana. Mas a AMAU tem que ser a interlocutora desse debate”.
O presidente da AMAU, Marcelo Arruda, em sua fala, deixou claro que a região precisa das duas obras e que os prefeitos irão conversar com o governo do RS, sobre essa necessidade e ver como ficará o contrato de concessão da ERS 135, para não ser um empecilho para o andamento da Transbrasiliana: “As duas obras são prioridades, e iremos fazer a mobilização necessária para isso”.
O prefeito de Getúlio Vargas, Maurício Soligo, seguiu na mesma linha: “não podemos abrir mão. A região precisa das duas obras de infraestrutura para se desenvolver. Hoje, a ERS 135 é praticamente intransitável em determinados horários. E a Transbrasiliana, além de desafogar, servirá de ligação para aqueles municípios que não tem acesso asfáltico”, complementou.
O prefeito de Erechim, Paulo Polis, deixou muito claro em sua fala, que a região jamais irá discutir sobre uma ou outra obra: “quem quer uma única obra, fica sem nenhuma. As duas são extremamente necessárias para a nossa região, e iremos focar nisso, no desenvolvimento regional, com melhor infraestrutura”.
O prefeito de Sertão, Edson Luiz Rossatto, disse que não se deve optar por uma das duas obras e uma não pode ser empecilho para a outra: “as duas tem papel relevante para a região, e precisamos estar à frente de processo, em busca de ambas as obras”.
O prefeito de Erebango, Valmor Tomelero, salientou que “precisamos defender as duas rodovias e iremos trabalhar juntos para que isso aconteça”.
O prefeito de Ipiranga do Sul, Marco Antônio Sana, repassou que engenheiros da empresa Rudra, responsável pelo projeto técnico, estão trabalhando na Transbrasiliana, e que nos próximos dias está chegando um Geólogo, que irá fazer mais analise de solo da rodovia: “está andando”, frisou
O Chefe dos Serviços do DNIT na região, Adalberto Jurach, afirmou aos prefeitos que o departamento está bastante vigilante com a empresa Rudra, que ela já entregou o projeto de 11 pontes, e que apesar de mais lento que o esperado, irá entregar todo o estudo até o final do ano.
Ao final da reunião, o presidente da AMAU, Marcelo Arruda, resumiu a posição dos prefeitos que não é abrir mão de nenhuma das obras e que irão buscar entendimento com o governo do estado, sobre a concessão da ERS 135. E aproveitou para elogiar o trabalho que vem sendo feito pelo DNIT realiza no RS: “Uma vez, reclamávamos que o Brasil era melhor depois da ponte na divisa com Santa Catarina. Hoje, não mais, pela competência e seriedade de vocês, finalizou.
O principal desafio dos prefeitos da AMAU, nesse ano, é fazer com que o projeto técnico da Transbrasiliana seja concluído. Isso para que o status de projeto seja alterado para obra do PAC e já garantir os recursos para 2024.
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