O Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da AMAU, ao longo do processo pandêmico, vem realizando uma série de avaliações e paralelos para verificar a evolução da epidemia da Covid na região monitorada.
Estamos verificando, pelos últimos levantamentos, um crescimento dos casos ativos na região, passando de 331 (03/05), para 856 (24/05), com um incremento de 525 novos casos.
Em decorrência da elevação dos casos ativos e da longevidade do processo pandêmico, constamos pelos indicadores os reflexos imediatos a partir da elevação de casos, que são o aumento das taxas de ocupação das estruturas hospitalares (clínicos e UTI) e, infelizmente, o surgimento de óbitos.
Ambas as situações já foram sistematizadas pela Plataforma Regional de Monitoramento, considerando que tivemos ocupação das UTI no patamar de 100% e um aumento expressivo nas internações em leitos clínicos, que passaram de 18,64% (05/05), para 61.22% (24/05).
Também verificamos que em seis dias tivemos 16 óbitos em decorrência do temido coronavírus. Em 19/05 a plataforma contabilizada 354 óbitos para a R16 e, segundo o último levantamento, o número ascendeu para 370 óbitos.
Os óbitos foram nos municípios de: Barão de Cotegipe (01), Erechim (06), Estação (03), Floriano Peixoto (01), Getúlio Vargas (01), Marcelino Ramos (01), Nonoai (01), Sertão (01) e Viadutos (01).
A longevidade do processo pandêmico, que teve seu início na região em meados de março de 2020, e pelos inúmeros indicadores catalogados, permite afirmar que após a elevação dos casos ativos surgem, de imediato, a elevação das taxas de internações em leitos clínicos e de UTI e, um pouco mais adiante, como um indicador tardio, o surgimento de óbitos.
“Estamos verificando esse cenário na nossa região, da mesma forma que ocorreu nos episódios agravados anteriores, em julho e novembro de 2020, e no período mais crítico de março e abril de 2021”, pontua Jackson Arpini, membro do comitê regional.
Importante ressaltar, quando falamos do novo coronavírus, que não vencemos a batalha e, sim, estamos diante dela. Somente nos últimos seis dias tivemos 16 óbitos, o que dá uma média assustadora de 3 óbitos/dia.
“Precisamos reagir de forma coletiva, caso contrário caminhamos para mais um cenário nebuloso. Nossos indicadores estão crescendo de forma assustadora”, coloca Arpini.