O Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da AMAU realizou reunião extraordinária nesta segunda-feira, 26, para avaliar os indicadores regional, macrorregional e estadual a fim de verificar a possibilidade ou não da adoção da ferramenta legal da cogestão para a semana de 27/04 a 3/5.
O Distanciamento Controlado/RS classificou todas as 21 regiões de saúde (a AMAU é representada como R16), sob a ótica da epidemia do coronavírus, em bandeira preta – altíssimo risco. Um dos fatores que levaram a essa classificação é o indicador da salvaguarda estadual, que funciona como uma válvula de segurança e que observa, através de um escore, os leitos de UTI livres versus leitos de UTI ocupados por Covid, que deve ser igual ou maior que 0,35. Conforme Jackson Arpini, integrante do Comitê Regional, a R16 o observa uma melhora nesse indicador. “Saímos de 0,02 para 0,06. Depois ascendemos para 0,16 e, agora, estamos em 0,26. Caminhamos, dessa forma, para alcançar indicador que permitirá a classificação da região numa bandeira menos restritiva”, visualiza Arpini.
Situação no RS
Na avaliação estadual, houve uma redução de 12% nas internações clínicas, 10% nas internações em leitos de UTI, e 24% no número de óbitos, quando comparado a semana anterior.
Situação na R16
Nos indicadores regionais, oriundos da Plataforma Regional de Monitoramento, várias foram as avaliações feita pelo comitê, como a redução dos casos ativos, que diminuíram de 999 (1/3) para 337 (23/4) e redução das taxas de ocupação dos leitos clínicos e de UTI. Com relação aos leitos clínicos a taxa está em torno de 23% e de 80% nos leitos de UTI, que já ultrapassaram, no cenário mais crítico, o indicador de 100%.
Observando as médias ponderadas do Sistema de Distanciamento Controlado a R16 verificou que a média regional foi de 1,41 (a segunda melhor média de todas as 21 regiões avaliadas – a menor média foi de 1,38 e a maior de 1,88). Com relação as bandeiras dos 11 indicadores monitorados, a R16 recebeu seis bandeiras amarelas, uma laranja, uma vermelha e três pretas, portanto melhores que dá semana anterior.
Diante das avaliações, o Comitê da AMAU emitiu parecer orientando a região a adotar a cogestão, em consonância com o Decreto Estadual nº 55.240, ressaltando que a decisão é do ente municipal.
Para Arpini, apesar da região ter adotado a cogestão nas últimas semanas, não significa dizer que saímos do cenário agravado. “Continuamos em alerta porque os números estão elevados e o estado está todo classificado em altíssimo risco”, pondera o membro do colegiado.